O futuro político do deputado estadual Binho Galinha, que teve sua prisão mantida pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), está sob os holofotes e, segundo o advogado eleitoral Ademir Ismerim, o mandato pode estar com os dias contados.
Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (20), durante o evento “Parceria que Transforma”, da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador, Ismerim analisou a situação.
O especialista explicou que os tempos político e criminal não andam juntos e que a forte pressão da sociedade deve ser um fator complicador para Binho Galinha se manter no cargo.
“Penso que a pressão da sociedade não vai colaborar para que ele possa se escapar dessa situação. Então eu acho que é uma situação muito difícil e que inclusive é chata para a própria Assembleia, porque você imagine você como deputado julgar os próprios colegas. Acho que na situação que ele se encontra o mandato dele não tem muito futuro”, avaliou Ismerim.
Questionado sobre a pauta do fim da reeleição e a adoção de um mandato único de cinco anos, Ismerim ressaltou que, apesar da discussão acalorada, a legislação atual permanece inalterada.
Ele esclareceu que a proposta em debate visa limitar apenas os cargos executivos, não abrangendo os legislativos. “A proposta é um mandato de cinco anos, sem direito à reeleição, dos cargos executivos. Eu inclusive defendo que vá mais além, que os legislativos também. Mas isso não está contemplado no projeto”, disse o advogado.
Sobre o papel das federações partidárias, Ismerim comentou que, apesar de terem sido concebidas para diminuir o número de partidos no país, na prática, elas servem para manter o poder dos partidos menores e auxiliá-los a alcançar a cláusula de barreira. “Por exemplo, a federação do PT é uma federação tranquila, enquanto que a federação de outros partidos está com dificuldade ideológica e de arrumação política em cada estado”, finalizou.












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